sábado, 27 de dezembro de 2014
Apenas Palavras
Ainda há tempo
Evite
Não vai te fazer bem
Clichê
Machuca
Errar
Custa caro
Fortalece
E derruba
O orgulho
E sua vida
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Que transforma
Perturbador
A incerteza
A paranoia
A depressão
O terror
A calma
Que sucede a tormenta
A euforia
A queda
Instável
Perfeito
Amor
Bipolar
Mas ainda amor
Rápido
Que por dentro queima
Dói
Entorpece
Reflete
Esconde
Mente
Eu sou um espelho
E ninguém me vê
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Ainda há tempo
Há tanto a dizer
Não diga nada
Apenas ouça
Ouça o silêncio
Ele grita
Chama por você
Para o abismo
Não ouça
Salve-me
Salve-se
Deixe-me
Salve-se
Ainda há tempo
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Loucos
Sonhando longe
Caindo de qualquer maneira
Sem se privar
Devaneios
Rápidos
Loucos, inesperados
Impossíveis
Há quem diga
Vou além
Não há medo
Não há escuridão
Só sonho
Desejo
Vida
Coragem
Indispensável
Precioso
Vivaz
Que tortura
Mas que alegra
Desperta
Sonho
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Desaparecendo
Com tudo o que sinto
É forte, bonito
Mas é triste
Trazem lágrimas, sou humano
Mas você não quer ouvir
Quando se sente assim
Não vou tomar seu tempo
Passei só para dizer
Que estou saindo
Estou deixando ir
Estou ouvindo a canção
Que diz
Siga em frente
Deixe ir
E não é fácil
Por que pesa, sim
Não é fácil
Admitir
Eu não sei, nunca saberei
O que falar?
O que eu fiz?
Perdido de novo
Ninguém vai dizer
Que eu tentei
Mas no fundo você sabe
Há muito para chegar até aqui
E novamente eu sei
Você não quer ouvir
Por que sente o mesmo
Mas preciso dizer
Vou deixar sair
Estou deixando ir
Pode me seguir
Ou afundar
Por que sabe
Só posso salvar á mim mesmo
Desaparecendo
Você não quer ouvir
Desaparecendo aqui
Você sente o mesmo
Desaparecendo
Deixe ir
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Cercado
Como garras
Afiadas, profundas
Me cortam, deixam marcas
A resistência é forte
Mas nunca é o suficiente
Não há luta
Suporto
Não há maneiras de viver
Sobreviver é possível
Sendo forte, persistente
No fim respiro e elas se foram
Eles vão voltar
Não há nada a fazer
Espero por eles
E me preparo novamente
domingo, 31 de agosto de 2014
Caindo
Foi suave, foi feroz
Não me perdi como deveria
Não me entreguei como queria
Quero outro salto
Quero que seja insano
Quero perder a cabeça
Esquecer de mim
Você vai me levar?
Vai comigo outra vez?
Me leve, me empurre
Me deixe cair, caia comigo
Me quebre
Junte tudo outra vez
Apenas garanta que no final
Acordaremos juntos
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Um Perfeito Cidadão
Não pense, não aja
Não fale, não viva
Apenas exista
Num ciclo vicioso
De geração em geração
Pessoas corretas
Pessoas iguais
Apenas siga
Apenas faça
Não questione
Você não tem que saber
Não coma, não sorria
Jamais pareça feliz
Jamais mostre quem é
Você não é um deles
Você não é um deles
Mas vai fingir
Não vai se importar
Não deve se importar
Não vai agir, não vai falar
Não vai sentir, não vai viver
Vai existir, seguir
Perfeito
Cego
Mudo
Surdo
Socialmente correto
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Imortais
Não há o que fazer
Folhas ao vento como sonhos perdidos
Gritos sufocados de um coração que nada pode fazer
Você os vê passar e no fundo já não importa
Eles não eram seus
Como um sopro de vida
Que lhe pode ser arrancado
As batidas de um coração que cessa de repente
A perda de um sonho
Pior que o fim
Saber que não vai chegar
Mas no fundo acreditar
Por que ninguém tira o que é seu
De verdade
No fundo
Que não pode ser arrancado
Por mais que se desfaça a sua frente
Liberando angustia e solidão
Desastre, fracasso
Palavras fortes, mas não suficientes
Para um sonho
Por que ele vive para sempre
Imortal como o tempo
E enquanto ele viver
Eu viverei
sábado, 4 de janeiro de 2014
Por dentro
Risos vazios, palavras banais
"Eu estou bem"
"Se precisar eu chamo"
Gritos histéricos
Desvairado pedido de socorro
Ninguém percebe
Ninguém se importa
Com o solitário em meio a multidão
Que sofre em silêncio
O tempo passa
Você apenas assisti
Esperando chegar
Talvez um dia chegue
Nunca se sabe
A solidão tem seu preço
O silêncio também
A lágrima trás alivio, não solução
Estranho solitário eu sei quem você é
Nas palavras da canção há esperança de cura
Nas palavras busco sentido aos gritos que abalam minhas barreiras internas
Por que eles não saem?
São parte de mim?
Eu não sei
Quando qualquer coisa fizer sentido
Eu terei a resposta
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Madrugada
Quandos todas as luzes se apagam
Quando todos se calam
Quando a festa acaba
Quando o peito encolhe e o ar falta
Quando penso no que fiz
Quando sinto dor
Quando o medo invade
Quando a solidão bate
Sozinho
Desperto
Cansado
Frustrado
Perdido
Iludido
Sóbreo
É quando sei quem sou
É quando vejo a essência
É quando respiro fundo
É quando choro
É quando conheço a mim
É quando conheço aos outros
É quando sei o que sou
É quando sei o que tu és
É quando sei quem faz falta
É quando sei quem amei
É quando sei que perdi
Fracassei
Chorei
Por que sozinho encontro a mim
Sozinho sei quem sou
Sozinho não tenho medo
Sozinho tenho medo
Sozinho acordo
Sonho
Encontro
O que estava perdido e nem sabia
Sozinho perco a coêrencia
O sono
A certeza
Sozinho
Na noite
Escrevo isso
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
E se um dia passar?
Tenho medo do dia em que não mais lembrarei
Não lembrarei teu sorriso
Tua voz
Teu olhar
Quem sabe não lembrarei teu nome
Não lembrarei nem mesmo o que me fez querer você.
Isso é possível?
Então o que farei?
Pelo o que irei viver?
Pelo o que irei sofrer, chorar, chamar. . .
Por quem lutar?
Se um dia eu não puder lembrar. . .
Juro, jamais vou esquecer.