quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Para Ser Leve

Já não flutuo mais
Não é certo
Só sinto dor
Preciso recomeçar
Abrirei meus olhos

Partiram então
Os pesadelos
A chuva
O vento
Foi quando a vi

Curei-me
Devagar
Com certa angústia
Mas confiante

Então esperei
Pelo sol
Pelo ar
Pela cicatriz

Ela se foi
A dor
Finalmente
Estou só

domingo, 20 de setembro de 2015

Para Todos os Dias

Acordar sabendo que mais um dia chegou e que não há como prever o que ele trouxe. Não há outra opção que não sair da cama, respirar fundo e encará-lo.
Temê-lo é natural. Ninguém consegue encarar a vida sem nem um pouco de dúvida ou superstição. O que não é natural e tentar prever impondo  rotinas, regras, memorandos.
Deixa a vida correr livremente. Ignore aquela voz que diz "o conhecido é bom" ou "para que mudar o que está dando certo?".
De quantas novas oportunidades ela te privou? Novos caminhos não irão te matar. Já é tempo de deixar o medo de lado. Medo de ser diferente, de escolher por si mesmo, de discordar e argumentar.
Só você sabe quem verdadeiramente é, o que pode ou não fazer. E no momento você pode levantar, dar um bom dia a si mesmo e conferir o que ele lhe aguarda.
E tão simples quando você deixa a vida ir até você ao invés de tentar, em vão, controlá-la.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Para Um Dia

Sair e não mais voltar. Escolher por si e ninguém mais. Respirar, chorar, recomeçar ou nunca mais se mover. Soltar as amarras, arrancar para fora o coração. Perder a consciência ou ficar consciente de tudo. O que quiser. Sem dor, com dor. Se arrepender, se orgulhar. Viver.
Pelo menos uma vez. Antes do fim.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Beatriz Ribeiro: Madrugada

Beatriz Ribeiro: Madrugada: Quandos todas as luzes se apagam Quando todos se calam Quando a festa acaba Quando o peito encolhe e o ar falta Quando penso no que fiz ...

Beatriz Ribeiro: Por dentro

Beatriz Ribeiro: Por dentro: No silêncio ou apenas no som do vento Risos vazios, palavras banais "Eu estou bem" "Se precisar eu chamo" Gritos hi...

Beatriz Ribeiro: Imortais

Beatriz Ribeiro: Imortais: A tempestade se aproxima Não há o que fazer Folhas ao vento como sonhos perdidos Gritos sufocados de um coração que nada pode fazer Voc...

Beatriz Ribeiro: Um Perfeito Cidadão

Beatriz Ribeiro: Um Perfeito Cidadão: Não pense, não aja Não fale, não viva Apenas exista Num ciclo vicioso De geração em geração Pessoas corretas Pessoas iguais Apenas si...

Beatriz Ribeiro: Caindo

Beatriz Ribeiro: Caindo: Eu senti a queda Foi suave, foi feroz Não me perdi como deveria Não me entreguei como queria Quero outro salto Quero que seja insano ...

Beatriz Ribeiro: Cercado

Beatriz Ribeiro: Cercado: Eles se fecham ao meu redor Como garras Afiadas, profundas Me cortam, deixam marcas A resistência é forte Mas nunca é o suficiente Nã...

Beatriz Ribeiro: Desaparecendo

Beatriz Ribeiro: Desaparecendo: Queria algo para fazer Com tudo o que sinto É forte, bonito Mas é triste Trazem lágrimas, sou humano Mas você não quer ouvir Quando se...

Beatriz Ribeiro: Loucos

Beatriz Ribeiro: Loucos: Voando alto Sonhando longe Caindo de qualquer maneira Sem se privar Devaneios Rápidos Loucos, inesperados Impossíveis Há quem diga ...

Beatriz Ribeiro: Ainda há tempo

Beatriz Ribeiro: Ainda há tempo: Sem palavras Há tanto a dizer Não diga nada Apenas ouça Ouça o silêncio Ele grita Chama por você Para o abismo Não ouça Salve-me ...

Beatriz Ribeiro: Rápido

Beatriz Ribeiro: Rápido: Riso fácil Que por dentro queima Dói Entorpece Reflete Esconde Mente Eu sou um espelho E ninguém me vê

Beatriz Ribeiro: Que transforma

Beatriz Ribeiro: Que transforma: Há quem ache lindo Perturbador A incerteza A paranoia A depressão O terror A calma Que sucede a tormenta A euforia A queda Inst...

Beatriz Ribeiro: Apenas Palavras

Beatriz Ribeiro: Apenas Palavras: Pare Ainda há tempo Evite Não vai te fazer bem Clichê Machuca Errar Custa caro Fortalece E derruba O orgulho E sua vida

Beatriz Ribeiro: Inverno

Beatriz Ribeiro: Inverno: Não uma estação Um sentimento Abrasador, reconfortante Passageiro Faz sorrir E faz chorar Faz aquecer Traz saudade Nostalgia Triste...

Beatriz Ribeiro: Crônicas de Um Suposto Fim de Amor

Beatriz Ribeiro: Crônicas de Um Suposto Fim de Amor: Ainda nos falamos. Trivialidades, a vida. Em nossas mentes nos perguntamos se sentimos a falta um do outro, se significou algo. Me pergunto...

Beatriz Ribeiro: Queimando

Beatriz Ribeiro: Queimando: Soam alertas E nada muda Em frente, um pouco mais Doendo, Ignore O círculo fecha Resta uma saída E não é válida, Lute Vencido, não ...

Beatriz Ribeiro: Lembra?

Beatriz Ribeiro: Lembra?: Lembra de como nos detestamos a primeira vista? Como aos poucos fomos cedendo, descobrindo afinidades? Lembra quando deixou de ser amizade...

Beatriz Ribeiro: Prazerosa Solidão

Beatriz Ribeiro: Prazerosa Solidão: E segue aquele que não se vendeu. Que sonha os mesmos sonhos. Que não ouve a razão. Que despertou, enxergou. Que lutou pelo que acreditou. ...

Beatriz Ribeiro: Óbvio e Doloroso

Beatriz Ribeiro: Óbvio e Doloroso: Todas ás vezes em que esteve prestes á pular. Todas ás vezes em que pensou que não iria passar. Não pulou. Passou. Apenas aguente firme. ...

Beatriz Ribeiro: Em Algum Lugar Esperança

Beatriz Ribeiro: Em Algum Lugar Esperança: Perdida, largada. Pelo caminho ficou. Aquela que nunca morreu. Mas tão pouco resistiu. Deixou-me, minha única companheira. A mais fiel,...

Em Algum Lugar Esperança

Perdida, largada.
Pelo caminho ficou.
Aquela que nunca morreu.
Mas tão pouco resistiu.
Deixou-me, minha única companheira.
A mais fiel, a mais firme.
Deixei-a ir, foi fácil.
Mais do que lutar em vão.
Tento encontrá-la, trazer de volta.
Divorciou-se, libertou-se.
De mãos descrentes, sem fé.
Sem valor, respeito.
Ei de encontrá-la.
Em um quanto qualquer.
E assim, ao retomá-la.
Exclui excluir estas palavras.
As mais dolorosas mais do que perder.
Admitir que me deixastes.
E que nada cabe a mim.
Senão deixá-la voltar.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Óbvio e Doloroso

Todas ás vezes em que esteve prestes á pular. Todas ás vezes em que pensou que não iria passar.
Não pulou. Passou.
Apenas aguente firme.
Todas ás vezes em que esteve no limite. Pediu pelo fim.
Ainda não, não tão cedo.
Há mais por vir.
O que é preciso para mudar está aí. Só tem que encontrá-lo.
Já olhou para dentro?
Lá no fundo?
A vontade de vontade de vencer ao lado da força para lutar.
Está lá. Só não vê aquele que nunca procurou.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Prazerosa Solidão

E segue aquele que não se vendeu. Que sonha os mesmos sonhos. Que não ouve a razão. Que despertou, enxergou. Que lutou pelo que acreditou.
Segue sozinho, munido de verdades e também de equívocos. Mas quem vai dizer que não é feliz assim? Quem vai dizer que não valeu a pena?
Os alienados, prisioneiros de si mesmos e da sociedade. Os que se dizem livres, mas não ousam, não gritam, se calam, se igualam.
Onde estão suas almas? Sua voz? Seu canto, seu pranto?
Perdidas na superfície da vida de aparências, do correto, do apropriado.
Eles não conhecem a liberdade. Não conhecem o amor. Não conhecem a vida. Tudo sabem, tudo vêem. Nada tem. Vazios. Sempre em busca do que não vai encontrar se não tomar as rédeas da priopria vida e perseguir os próprios desejos. Não os coletivos, mas os solitários. Aqueles que realmente valem á pena.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Lembra?

Lembra de como nos detestamos a primeira vista?
Como aos poucos fomos cedendo, descobrindo afinidades?
Lembra quando deixou de ser amizade?
Eu lembro. Lembro teu carinho, teu cuidado. Lembro como era sentir que era só meu.
Lembra como o ciúme estampava teu rosto sem emitir uma palavra sequer?
Lembra como estava lá sempre que precisei?
Eu lembro da sua atenção. Lembro da sua paciência, o beijo na testa.
Lembra como eu cabia perfeitamente em teus braços?
Lembra como me apertava Forte, como se assim nos fundissemos e nunca mais precisássemos nos afastar?
Eu lembro. Aquele era meu mundo. Que sinto vivo em minha mente a cada instante. E ele ruiu.

Queimando

Soam alertas
E nada muda
Em frente, um pouco mais
Doendo,
Ignore

O círculo fecha
Resta uma saída
E não é válida,
Lute

Vencido, não destruído
Maior que desejo
Alento que não se encontra, dor que persiste

Resiste
Não cai
Firme, de pé
Há muito por vir

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Só Pra Você Saber

Confesso que no começo fui cética, descrente e até leviana. Eu estava machucada e não iria me arriscar de novo. Não cedo. Mas aí você quebrou. Minhas barreiras, minhas convicções. Me fez gostar de você, à esperar seu "oi", seu "bom dia", seu "dorme bem". Me tornei dependente disso.
E a culpa é minha por que assim deixei mais coisas para você quebrar. Meu orgulho, meu amor próprio, minha confiança. Já não pergunto mais "porque". Não faz mais sentido. Posso me reerguer, e quem sabe tentar de novo. Talvez não exista um número exato de vezes para um coração ser partido.
Só para você saber, não me tornou incapaz, eu não estou amarga. Ainda acredito em mim.
Só para você saber...

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Crônicas de Um Suposto Fim de Amor

Ainda nos falamos. Trivialidades, a vida. Em nossas mentes nos perguntamos se sentimos a falta um do outro, se significou algo.
Me pergunto se lembra como eu cabia perefeitamente em seus braços, de como eu sentia frio...
Você se pergunta por que eu estou agindo assim, como se não passássemos de bons amigos e acaba deixando para lá.
Não verbalizamos nada, mas sabemos o que o silêncio significa. Assim como essa data, a saudade...
Nunca diremos eu te amo, senti sua falta ou me perdoe. Por que não sabemos onde isso iria nos levar ou se poderemos voltar. Guardaremos isso conosco, como um acontecimento remoto, mas não o suficiente para esquecermos.
É isso que é o amor. Deixar ir, tentar levar.
Inconscientemente torceremos para que algum milagre nos una novamente e que assim terminemos nossos dias juntos, como deveria ser desde o princípio. Mas por hora fiquemos assim.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Inverno

Não uma estação
Um sentimento
Abrasador, reconfortante
Passageiro

Faz sorrir
E faz chorar
Faz aquecer

Traz saudade
Nostalgia
Tristeza
Frio

Solidão